5.3.08

Um clássico-treino

O Corinthians deixou claro para todos que sentiu falta de seus desfalques no clássico contra o Palmeiras.

Especialmente de Dentinho e Fabinho, referências maiores do ataque e da defesa alvinegra, respectivamente.

A deficiência no elenco é enorme, já que as peças de reposição são realmente fracas e isso poderá atrapalhar o time até na Série B, deixando a obrigação de subir (que será cumprida) mais difícil.

Mas o que mais me impressionou no Corinthians durante o clássico foi sua postura defensiva.

É claro que o time chegou à frente e teve boas oportunidades.

Mas todas em contra-ataques puxado por velocistas, como Lulinha ou Carlos Alberto ou depois do gol palmeirense, quando o alviverde só quis saber de dar balões para o ar.

Na maior parte do tempo o Corinthians ficou recuado atrás do meio-campo, apesar da escalação não ser retranqueira, com dois meias, um atacante, além de André Santos, que joga quase como um ponta pela esquerda.

A idéia de Mano Menezes é boa: construir a base corintiana a partir da defesa.

Mas o feitiço pode virar contra o feiticeiro e a confiança do elenco nessa proteção pode fazer com que o ataque seja esquecido.

E isto já dá sinais de acontecer: na frente o Corinthians é apático, não tem nem o mesmo talento e sequer a mesma organização da sua defesa.

O técnico não pode esperar para resolver esse problema, porque é óbvio que defender bem não basta.

É preciso ter jogadas, soluções e capacidade de finalização.

Caso contrário, o Corinthians estará sujeito a derrotas como as de domingo, que mais parecia um treinamento de ataque contra defesa.

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