19.12.07

Uma volta pela Europa [nº 02]

O futebol sai das terras tupiniquins e viaja pra onde todos os craques se encontram. Uma volta pela Europa é essencial pra entender melhor a essência do esporte.


Vou abrir o jogo: sou um fã confesso do Campeonato Inglês. Meu campeonato preferido entre todos os europeus é a Premier League.

E este ano, por enquanto, não tenho do que me queixar: os times investiram forte para levar o título, formaram grandes esquadrões e garantirão emoção até o final, aparentemente.

A última rodada ficou marcada pelos dois clássicos entre os grandes: o Manchester venceu o Liverpool, assumiu a liderança por algumas horas até que o Arsenal entrou em campo contra o Chelsea e tomou a ponta da tabela de volta.

Liverpool e Chelsea ficaram um tanto quanto fora da disputa com essas derrotas. Mas o primeiro turno ainda nem acabou e muita coisa pode acontecer. O problema maior é que ambos ainda estão um passo atrás no processo de evolução, em relação aos líderes,

O Liverpool passou por uma grande fase de contratações e trouxe tantos nomes que não sabe como usá-los agora. Rafa Benítez não encontrou a escalação ideal, principalmente no meio-campo, tanto entre os volantes centrais, como nos meias abertos pelas pontas.

O Chelsea é outro time que demorou pra se encontrar. A saída de José Mourinho, ainda no começo da temporada, trouxe problemas. Avram Grant até conseguiu acertar o time por algumas rodadas, ficou invicto por um tempo, mas a derrota apática do time frente ao Arsenal mostra que pode não haver fôlego para brigar até o fim.

O Manchester, no começo da temporada, parecia que enfrentaria uma temporada de adaptações, por causa das jovens contratações (Nani, Anderson, Tevez e cia.) e das lesões de jogadores importantes (Scholes, Neville e Rooney). Mas Ferguson conseguiu adaptar o time rapidamente, improvisou Anderson com genialidade e conta com o entrosamento de dois jogadores parecidos no ataque: Rooney e Tevez. Que futebol está jogando esse time! Dá gosto de ver e agora pode ir muito mais longe do que imaginava.

O Arsenal vivia uma experiência semelhante no começo do ano: a saída de Henry trouxe a necessidade de uma grande renovação no time. Mas a excelente evolução de Fabregas, a boa fase de Adebayor, a disposição de Rosicky e a juventude do elenco deram uma esperança inesperada para o clube londrino. Agora resta saber se essa renovação poderá atrapalhar o time na hora das decisões. Eu aposto que sim. Até porque o Arsenal, na verdade, tem revelado uma nova dependência, agora com Fabregas.

E no meio de tudo isso ainda existe o Manchester City. Time que investiu bem com as indicações de Eriksson e pode se meter entre os grandes na temporada. No momento, por exemplo, é o 4º lugar, o que tiraria do Liverpool a vaga na próxima Copa dos Campeões.

Isso é que é campeonato!


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