
Após a entrega da Bola de Prata da revista Placar, o comentarista da Sportv, André Rizek, publicou um texto em seu blog Carta-Bomba em que aponta um defeito no time escolhido.
Ele observou que em todas posições tivemos bons nomes. E o melhor de tudo: jovens que poderão integrar a seleção em breve. Muitos deles, inclusive, têm idade olímpica. Mas, como em tudo, sempre há a exceção: “nossos atacantes são todos veteranos, na casa dos 30: Dodô (33), Kléber Pereira (32), Leandro Amaral (30), Acosta (30), Aloísio (32), Fernandão (29), Roni (30)... Tirando o garoto Guilherme, nenhuma promessa sonhou em disputar a Bola de Prata esse ano”.
Ótima observação.
E aí caímos na velha discussão sobre o camisa 9 da seleção brasileira. Praticamente todos os jovens promissores para esta posição estão lá fora. Ao contrário do que dizem por aí, não acho que esteja tão difícil a escolha. Temos boas opções sim, só não temos uma unanimidade, o que é normal se partirmos do princípio de que estamos realmente no começo de um trabalho. Essa unanimidade virá com o tempo.
Hoje eu vejo esta situação da seguinte forma: Luís Fabiano ganhou moral demais contra o Uruguai. Mas logo mais terá que encarar a sombra de Fred, que, aos poucos volta a jogar seu ótimo futebol depois da grave lesão e de problemas de ambiente no Lyon.
Dois jovens vêm logo atrás. Nilmar e Alexandre Pato parecem ter potencial para serem ainda melhores que Fred e Luis Fabiano. Mas ainda terão que provar isso de verdade quando jogarem na Europa
Ronaldo e Adriano seriam nomes naturais nesta indecisão. Mas eles próprios parecem se complicar. Em forma e com a cabeça no lugar, acho difícil batê-los. O problema é que não acredito que eles voltarão a se apresentar em suas melhores condições.
E bem mais atrás desses 6 nomes, vejo outros 4, que não podem ser esquecidos. Ricardo Oliveira e Vagner Love, que já fizeram jogos razoáveis pela seleção, mas ainda buscam se firmar definitivamente até nos próprios clubes. E David e Liédson, que ainda nem receberam oportunidades, mas mereciam ser observados futuramente, se mantiverem o futebol atual por mais tempo.
Portanto, são 10 nomes a serem observados com atenção. Não pra dizer que qualquer um deles é muito superior aos outros. Alguns têm que mostrar um algo a mais ainda, outros têm “apenas” que voltarem a jogar metade do que já jogaram algum dia.
Caberá a Dunga dar as oportunidades certas nos momentos certos, como fez no Morumbi, na última rodada das Eliminatórias. Para 2008 eu manteria Luis Fabiano, mas não dá pra tirar o olho de todos outros: Pato pode destruir ao lado de Ronaldo no Milan, Fred pode consolidar sua volta no Lyon, Adriano pode resgatar a confiança jogando no Brasil, entre outros acontecimentos... só não dá pra dizer que estamos carente de centroavantes!
A não ser que as coisas mudem nas próximas premiações do Brasileirão, meu palpite pra seleção de 2010 é Fred como titular e Pato e Nilmar na reserva. Que chute!
Veremos!
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