Calma pra quê?

Três camisas de peso: a colorada do Inter, a rubro-negra do Milan e a azul (!) da seleção brasileira.

Mas para Alexandre Pato este peso não existiu.

Ele vestiu as três camisas, entrou em campo e provou três vezes que tanta badalação por seu futebol não é à toa.

Pato tem uma personalidade incrível.

Mais do que técnica e mais do que sorte: a postura dele em campo é que faz a diferença muitas vezes

É daqueles jogadores diferenciados, que não abaixa a cabeça, não desiste das bolas e não teme zagueiros grandes e de cara feia.

Muitos irão dizer, como eu já cansei de dizer: "calma, é só um garoto, falta muito".

Agora sou eu que estou do outro lado e respondo: é impossível ainda ter calma com relação às expectativas criadas pelo jovem atacante.

E também não é necessário ter calma: Pato não será "queimado".

Ele não é como a maioria dos jovens, que sentem a pressão e fazem com que a subida para o profissional seja um drama.

Pato não teme pressão nenhuma e faz de qualquer avanço um salto gigante na carreira.

Enfim, até o jogo de ontem eu ainda era daqueles que pediam tempo até sua utilização no time principal da seleção.

Depois do jogo de ontem, ele provou, com toda sua frieza e personalidade, que está pronto para brilhar.

Toda calma que era necessária já foi devidamente tomada.

Agora ninguém mais conseguirá segurar... nem a empolgação ufanista e nem Alexandre Pato.