18.1.08

Noite 9


E a estréia das estrelas “paulistas” enfim aconteceu.

Após um insuportável período de férias do futebol, Noroeste x Juventus, na Móoca, realizaram o primeiro jogo do Campeonato Paulista de 2008.

À noite, aconteceu Santos x Portuguesa.

Mas os destaques de verdade ficaram para a quinta-feira.

Em Barueri, Guaratinguetá ou em São Paulo mesmo, foi a noite dos centroavantes, a noite dos goleadores, a noite pra iniciar a briga pela artilharia, a noite dos NOVE.

Na Arena de Barueri, Alex Mineiro estreou com luxo: dois gols decisivos, de cabeça, típicas de um matador que o Palmeiras não via faz tempo.

No estádio Professor Dario Rodrigues Leite, em Guará, Adriano, o 9 com a camisa 10, acertou dois petardos com sua esquerda e mostrou que não vai passar desapercebido pelo Brasil. Na empolgada imprensa italiana já tratam o jogo como o “retorno do Imperador”.

E no Morumbi, em plena recuperação e reformulação, o Conrinthians acabou vendo um dos poucos pontos positivos de 2007: Finazzi, contratado no meio do ano passado, deixou dois gols e, mesmo sem brilhar tanto, foi o nome da partida.

Dados os devidos destaques merecidos, inauguro os PITACOS DA RODADA, em que farei todos meus breves (ou não) comentários de tudo que vi nos jogos. Claro que isso será apenas no Campeonato Paulista, não tinha como ser diferente. Mas acompanharei, na medida do possível, os assuntos de outros estados. Na próxima rodada pensarei na possibilidade de dividir melhor o post, para não ficar tão grande como este e possibilitar análises melhores.

Vamos aos pitacos por ordem de jogo:

* Noroeste e Juventus fizeram um jogo em que o destaque foi o sol e o calor absurdo de São Paulo às 3 da tarde. Pelo que me informei, o Noroeste pareceu ser um time mais perigoso que o Moleque Travesso, mesmo que isso não signifique muita coisa.

* Santos x Portuguesa só comprovou o que todos já podiam imaginar: quem manteve uma base, sairá na frente nesse Paulistão.

* Enquanto a Lusa soube se retrancar e apostar na sua promissora dupla de ataque, o Santos soube provar o quanto carece de reforços.

* Benazzi montou seu time com 3 volantes e deve levar assim até o fim, quando provavelmente estará entre os 4 finalistas do Paulistão, pois, para o nível do Estadual, contratou bem. Para o Brasileirão, a receita não deve funcionar.

* Já o Santos veio com um 4-3-3 desorganizado, que por vezes parecia o 4-5-1 do Leão e seus garotos de 2002. Mas, é claro, só na tática, por que o futebol foi limitado demais.

* Leão não dará jeito nesse time se não vierem reforços. Na base há muito talento, mas não parecem estar prontos.

* Se perder alguns nomes, como Souto e Kleber, sem reposição à altura, o Santos vira candidato a rebaixamento no Brasileiro. E não é brincadeira: basta comparar o elenco santista ao do Corinthians do ano passado. Qual é a diferença, me digam!

* Duas tristes notícias: as lesões de Diogo e Kléber. Duas estrelas que se apagarão e, mesmo por pouco tempo, farão falta demais em seus clubes. (PVC acabou de falar na ESPN que há possibilidade de Kléber jogar domingo, mas seria um risco grande, que ainda será calculado)

* Indo pro sábado e falando dos times menores, antes de comentar os grandes: São Caetano foi mediano, mas apresentou o destaque Rafinha no ataque. Guará certamente dará trabalho, como deu ontem, através dos pés do habilidoso Michel. Olho no Marília também!

* Sobre os grandes, nenhum fez um grande jogo, principalmente por causa dos seus primeiros tempos da partida. O que é absolutamente normal e não deve assustar ninguém.

* No Palmeiras, o ponto positivo foram as estréias. Élder Granja e, principalmente Alex Mineiro, foram muito bem. Sempre importante pro matador do time fazer uma estréia dessas.

* O ponto ruim fica pela dúvida tática que será criada, devido a melhora do time com as mudanças do 2º tempo. Valdivia, por exemplo, não rendeu nada com único meia enfiado depois do meio-campo. Quando recuou um pouco pra buscar bola e teve companhia na armação, acertou mais jogadas. Problema bom pro Luxa resolver.

* Em Guará, Muricy segue comprovando seu maior trunfo: a montagem de time com várias opção táticas e jogadores versáteis.

* Percebeu no segundo tempo que a dupla Adriano e Aloísio pode render. Se optar por isso, restará saber onde colocar um talento como Dagoberto. No meio, improvisado, ou no banco mesmo.

* E o problema de Muricy: Richarlysson não rendeu na ala esquerda mais uma vez e provavelmente terá que voltar a ser volante. E aí, o que fazer com Fábio Santos? Não deixa de ser uma dúvida boa também.

* E o corintiano viu seu time bater o ridículo Guarani com um futebol organizado e disciplinado.

* Marcel provou ser muito fraco e Mano já deveria começar a cotar a possibilidade de escalar alguém com mais velocidade na sua posição, como o próprio Dentinho, autor do 2º gol. O time é lento do meio pra frente e precisa disso.

* O maior destaque negativo fica por conta dos volantes. Perdigão foi mediano e Bruno Octávio fez o de sempre: nada. A solução deveria ser Fabinho, do Toulouse/FRA, mas os franceses querem Ratinho, que foi muito importante ontem, até nas bolas paradas. Fica à critério de Mano qual escolha fazer.

E que venha o grande clássico da 2ª rodada entre Palmeiras e Santos na Vila. Grande jogo, com detalhes a serem destacados em um post futuro.

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