6.12.07

Brasileiros, acordem para a Sul-Americana


A sexta edição da Copa Sul-Americana terminou e o Arsenal, de Sarandí (ARG), sagrou-se campeão. O jogo final foi emocionante e com um nível técnico agradável. Pareceu “jogo de Libertadores”, com direito até a catimba argentina no final. Desta forma, o Arsenal trouxe o quarto título da Copa para a Argentina.

No Brasil a competição foi totalmente esquecida após a eliminação dos times brasileiros. Chega ser engraçado: no final do ano, nas últimas rodadas, os times costumam dizer “estamos brigando pela vaga na Sul-Americana”. Depois, quando a Copa começa, há quem coloque só o time reserva pra jogar. Aliás, seria irônico se não fosse trágico.

A Copa Sul-Americana é um torneio que tem tudo pra ser muito interessante. Assim como é a Copa UEFA na Europa. Uma competição internacional para aqueles times que não conseguiram disputar a Libertadores. Este deveria ser o molde: A Sul-Americana disputada paralelamente a Libertadores, no 1º semestre após mudanças drásticas até no seu modelo de classificação e disputa.

Claro que é uma viagem, afinal envolve muitos interesses. Os times grandes argentinos não querem largar o osso, pois pelo menos eles já acordaram e viram o quão lucrativo pode ser ganhar um prêmio como este.

Mas entendo que seria o ideal: a Sul-Americana se fortaleceria, pois ganharia o respeito de todos os times. Seria o principal objetivo no 1º semestre de todos os classificados, com certeza. Os clubes médios sairiam com uma bela premiação em dinheiro, fortalecendo o futebol no seu país. E o calendário seria mais bem organizado: no 2º semestre sobraria espaço para disputar a Copa do Brasil, que também ganharia valor ao poder agregar de volta os times que jogam a Libertadores. E evitaria o que aconteceu com o Fluminense nesta temporada: nenhum time ficaria sem objetivo por 6 meses. Simples e todos saíriam ganhando.

Mas é claro que não é tão fácil quanto parece. A Conmebol e a Concacaf nunca se entendem bem. A Conmebol é tão incompetente que convida times mexicanos para disputar a SUL-americana. E os interesses de patrocínio (Toyota x Nissan) são evidentes. Mas é inegáveis que tudo está torto e a solução não está longe. Basta iniciativa e um pouco de inteligência.

Enquanto isso, teremos que esperar um time brasileiro ganhar a Copa Sul-Americana para que ela passe a ser mais valorizada. Exatamente como ocorreu no início da história da Copa Libertadores, com sua hegemonia de clubes argentinos.

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