22.4.09

OeC 2.0

O Copa de 2014, minha segunda tentativa de blog sobre futebol, não vingou.

Mas agora vai de verdade: O Opinião em Campo virou Opiniões em Campo e, obviamente, mudou de endereço:

OPINIOESEMCAMPO.WORDPRESS.COM

Acessem!

É parecido com o conteúdo antigo, mas com mudanças bastante significativas. Para melhor, é claro!

29.5.08

Foi ótimo enquanto durou

O Opinião em Campo está oficialmente encerrado.

Foi difícil, mas a decisão está tomada.

Por quanto tempo? Não sei responder.

Pode ser que um dia volte, pode ser que não...

Mas este blogueiro não vai ficar parado: o novo projeto é o "Brasil 2014", um novo blog no seguinte endereço:




Sobram agradecimentos a todos que colaboraram com textos, sugestões, comentários e visitas. Valeu!

A mudança ocorre porque desde sempre eu sentia uma necessidade de segmentar melhor o meu texto.

Ou seja, não adiantava querer abraçar o mundo todo e falar do futebol de uma forma totalmente abrangente (campeonatos no Brasil, na Europa, de seleções...) e ainda dar alguns pitacos sobre futebol feminino e outros esportes.

E também queria apresentar algo de mais original e diferente para os leitores.

Ou seja, não adiantava repetir o mesmo modelo de tantos e tantos blogs até melhores que o meu por aí.

Isto só fazia com que tudo ficasse um tanto perdido e até superficial demais.

Na medida do possível acredito que consegui fugir um pouco destes defeitos e esta "brincadeira" certamente me deu muito prazer durante os últimos 6 meses.

Mas chegou a hora de mudar.

Por causa de tempo, por causa do cansaço, por causa de falta de motivação... enfim, era preciso escrever sobre um assunto mais específico e original.

E a solução foi escrever sobre algo que tenho pensado muito desde o final do ano passado e que poucos já se arriscaram a tratar: a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil.

Assuntos e desdobramentos sobre o tema não faltam.

E não dá para dizer que é cedo demais para cuidar disso: no fundo, é preciso entender que a Copa de 2014 no Brasil já começou!

E o "Brasil 2014" quer dar o pontapé inicial para as análises deste evento tão importante.

Portanto, acompanhem:


26.5.08

A voz dos empates

Uma curiosidade chamou a atenção de todos nesta última rodada: metade dos jogos da rodada do Brasileirão terminaram em 1 a 1:

Goiás 1 x 1 Ipatinga

São Paulo 1 x 1 Coritiba

Palmeiras 1 x 1 Portuguesa

Atlético/PR 1 x 1 Atlético/MG

Botafogo 1 x 1 Vasco

Ninguém se aprofundou na questão, mas existem diversas formas de enxergar este fato.

Um é o caminho simples: trata-se apenas uma coincidência e nada mais.

Mas será que não dá pra suspeitar de outras conclusões?

Uma hipótese é que estes cinco empates refletem o equilíbrio deste começo de Campeonato Brasileiro.

Poucos times apresentaram um futebol convincente em algum jogo até aqui e a maioria dos trabalhos ainda passa por mudanças.

Tudo isto faz com que não haja superiorida absoluta de ninguém em alguns jogos e o empate seja o resultado mais previsível.

Outra hipótese: os poucos gols marcados e as chances desperdiçadas nestes empates mostram uma falta de qualidade enorme nos ataques atuais do Brasileirão.

Não basta olhar apenas para os nomes: é óbvio que temos bons atacantes em vários times este ano.

Mas não são poucos os que tem mostrado uma fase ruim e perdido chances atrás de chances...

E aí, como você quer observar estes cinco empates?

O que eles querem "dizer"?

É uma simples coincidência?

É uma consequência do equilíbrio geral neste início de campeonato?

Ou é o resultado de uma má fase geral dos ataques do Brasileirão 2008?

Eu fico com a segunda opção, por enquanto.

25.5.08

Boletim BR [nº 03]

É o espaço para o balanço geral de cada rodada do Brasileirão 2008, com comentários mais rápidos e diretos sobre a maioria dos jogos pelo Brasil, sempre divididos em algumas categorias


O ORGULHO PARA A TORCIDA

Cruzeiro - Não basta ser o único time com 100% de aproveitamento no Brasileirão.

Tem que jogar com propriedade, apresentar as opções do elenco (Jajá e Maicosuel) e golear por 4 a 0 sem tomar qualquer susto.

A PIADA PARA OS ADVERSÁRIOS

Santos - Não basta perder feio de 4 a 0.

Tem que mostrar insegurança, apresentar uma defesa esburacada e comprovar que existe uma falta total de opções para mudar o andamento de um jogo.

TROFÉU VILÃO

Dodô e Alex Mineiro - Não tive como decidir entre os dois, então eles vão dividir este "prêmio".

Afinal, errar pênalti que poderia matar o jogo é rídiculo para dois matadores tão experientes como eles.

TROFÉU HERÓI

Dinei - Esqueçamos o gol perdido ridículo contra o Figueirense.

No mesmo jogo ele fez dois e provou que pode ser uma boa alternativa na briga do Vitória para ficar na Série A este ano.

DETALHE TÁTICO

Flamengo - Caio Junior não só mudou o jogo no segundo tempo com a entrada de Jônatas no lugar de Jaílton.

No final do jogo, com a virada consumada, anunciou que deve alterar o esquema do Flamengo em breve e o jogo deste sábado, contra o Inter, pode ter dado boas dicas para isso.

DETALHE INEXPLICÁVEL

Palmeiras - O que justifica a falta de objetividade e a enorme displicência de alguns jogadores do time alviverde?

Empatou com a Portuguesa, poderia ter até perdido e continua sem comprovar a condição de favorito conquistada antes do Brasileirão começar.

Por quê? Não sei. Perguntem para o Luxa!

ALARME

Figueirense - Tomar de 4 do Vitória logo no primeiro jogo sem o ex-técnico Gallo é mais do que um motivo para ficar em estado de alerta.

Desperta o medo dos torcedores e joga uma pressão enorme em Macuglia, que já assumiu com alguma desconfiança.

RECADO DADO

Inter - Explique-me, Colorado, o que aconteceu com o time desde a eliminação diante do Sport na Copa do Brasil?

O time parece nervoso, desconcentrado e perdido taticamente.

Abel Braga que se cuide!

QUEM ESPERAVA POR ESSA?

Vitória 4 x 0 Figueirense - Até era certo que o time baiano teria força quando jogasse em casa contra times médios ou pequenos.

Mas recuperar-se dessa forma foi uma surpresa, sem dúvidas.

OLHO NO MOLEQUE

Hélder - O veloz ala esquerdo do Grêmio já tinha jogado bem contra o Flamengo.

Depois da boa atuação contra o Inter mostrou que tem personalidade para mostrar serviço até em jogos importantes.

VALEU O INGRESSO

Leonardo Moura - Dessa vez não é um gol que levará este prêmio.

Nilmar acelerou a jogada, driblou o goleiro, ficou de frente para as traves, tocou com a perna esquerda e... gol? Que nada!

Léo Moura (mais defensivo do que nunca contra o Inter) deu um carrinho espetacualr, vindo de lugar nenhum...

E fez os flamenguistas vibrarem como se a jogada fosse outro gol.

23.5.08

A eterna questão do apito

Não quero entrar no mérito das discussões e polêmicas sobre a arbitragem no jogo desta quinta-feira na Vila Belmiro.

Constatar agora que Jorge Larrionda errou ou não traz à tona uma discussão inútil, que prefiro deixar para as mesas redondas cansativas da televisão.

É preciso enxergar além e entrar em uma discussão que é antiga, mas que sempre precisa ser lembrada: o problema da arbitragem brasileira.

Além de atrapalhar os campeonatos regionais e nacionais, agora fica evidente que a falta de qualidade e critério do apito pode atrapalhar nossos times nas competições continentais e mundiais.

A mania de apitar falta em qualquer empurrão, qualquer dividiva e qualquer contato é irritante e acostumal mal os jogadores e a torcida.

No resto da América do Sul não é assim.

Na Europa não é assim.

Por que temos que fazer diferente?

Não basta ficar preso à dicussão "foi pênalti ou não".

É preciso que a CBF e sua comissão de arbitragem vá além.

Um aprofundamento deste debate faz-se necessário para evitar que a história do Santos se repita no futuro.

22.5.08

Vitória de sangue

O Fluminense ganhou o jogo contra o São Paulo no coração.

E não falo aqui apenas de Washington, que é conhecido como o "Coração de Leão" ou "Coração Valente" e foi o autor de dois gols na vitória de 3 a 1.

Na verdade falo de raça e de suor: esta foi a receita para a superação do tricolor carioca.

É claro que existiram questões táticas e técnicas que definiram o fracasso do São Paulo, mas nada foi tão decisivo.

Enquanto o São Paulo se arrastava burocraticamente em campo, o Fluminense não cansava de dar demonstrações de ser um time com alma:

Thiago Silva sentia uma lesão, mas partia para o sacrifício e ainda jogava muita bola até o fim da partida.

Thiago Neves dava seguidos carrinhos na marcação pela esquerda, como se fosse um lateral-direito acompanhando o Richarlyson.

Junior Cesar ia até a linha de fundo, até tropeçava na placa de publicidade, mas levantava correndo e voltava para marcar sem pensar duas vezes.

E o mesmo Junior Cesar ainda comemorava um gol após simplesmente dar um carrinho e arrancar a bola do São Paulo para a lateral.

Confesso: tudo isto me surpreendeu.

Eu não apostava na classificação do Fluminense até porque não enxergava tal poder de superação no time.

Mas os 90 minutos no Maracanã provaram o contrário.

Renato Gaúcho conseguiu fazer com que seus comandados dessem o sangue pela vitória.

Sem dúvidas agora o tricolor do Rio agora conquistou uma arma fundamental para sonhar em ir mais longe na Libertadores.

Como o São Paulo deve ter percebido, não dá para ser campeão da América sem coração!

Qualquer lugar é casa

O Boca Juniors sempre foi conhecido pela força do seu estádio, a Bombonera.

Em casa, a pressão da torcida sempre fez o time crescer e se tornar o gigante continental que é hoje.

Porém, nesta Libertadores, um fator diferente tem feito a verdadeira diferença: o Boca tem crescido impressionantemente fora de casa.

É assustadora a tranqüilidade do time quando decide o jogo com uma torcida inteira contra.

Contra o Cruzeiro já tinha sido assim: a pressão do Mineirão não foi suficiente para gerar qualquer desconforto em um elenco cheio de jogadores experientes em Libertadores.

E nesta quarta-feira foi a vez do Atlas perceber isso e comprovar tal teoria.

O terceiro gol, que matou o jogo, foi emblemático: Palermo rcebeu uma bola na esquerda, que nem era tão fácil.

Mas, sem qualquer nervosismo, o artilheiro do Boca colocou a bola por cima do goleiro.

Um golaço que reflete a grande vantagem do time argentino atualmente: a experiência e a frieza de seus líderes que são transmitidas para o restante do grupo.

Mesmo com o futebol ainda irregular, o Boca Juniors está com tudo pronto para o bicampeonato.

21.5.08

Vilões e heróis em Moscou


E o Manchester United fez justiça ao vencer a Liga dos Campeões.

Por causa do futebol jogado nesta temporada, o melhor do mundo, era mais do que merecido o título ir para os comandados de Alex Fergusson.

Em uma final para ser lembrada por muitos e muitos anos, o Chelsea foi batido nos pênaltis, com emoções de sobra para todos lados.

No começo era o óbvio e nada mais: o melhor jogador do mundo fez um gol de cabeça para provar, mais uma vez, o quanto é completo.

Cristiano Ronaldo, naquele momento, teve tudo para sair como o herói do dia.

Mas Lampard quis estragar tudo e chutou a lógica para o ar: fez seu gol antes do fim do primeiro tempo.

E assim o inglês passou a pintar como um novo salvador.

Drogba, de quem se esperava muito, quis corresponder às expectativas e quase acertou uma bela bola no gol.

Mas a trave começou a se tornar uma heroínas para o Manchester.

Depois foi a vez de Lampard tentar roubar a cena novamente: em bela virada de corpo, colocou a bola perto do ângulo.

Mas "perto" não é suficiente e a trave novamente estava no caminho, como a figura principal da decisão.

Então o Manchester também teve a sua grande chance: em bela jogada de Evra, Giggs finalizou para o gol sem goleiro.

Porém, a cabeça de Terry estava no caminho para o gol, desviou a bola e, por alguns minutos, transformou o zagueiro no novo herói.

O jogo foi para os pênaltis e aconteceu aquele lance clássico: o craque do jogo parte para a cobrança e perde o pênalti em uma cena que já virou até clichê do futebol.

Mas Cristiano Ronaldo simplesmente não podia ser o vilão de toda esta história: ele está mais iluminado do que qualquer um nesta temporada.

Foi então que Terry teve o título da Liga em seus pés, mas literalmente derrapou e assumiu o papel que antes era do português.

E isto aconteceu exatamente por causa do HERÓI MÁXIMO da final: Edwin Van Der Saar, que pegou o pênalti do outro vilão, Anelka.


E assim os timaços de Manchester e Chelsea fizeram a decisão da melhor maneira possível: com o fator supresa de forma marcante, com troca dos nomes dos vilões e heróis e, principalmente, com emoção para dar e vender.

É assim que se faz um grande campeonato, um jogo impressionante e uma inesquecível história!

Sobrou raça, faltou futebol

Botafogo e Corinthians realmente encararam o primeiro jogo de semifinal da Copa do Brasil como uma grande decisão.

Entraram dispostos, com a cabeça quente e com uma dose extra de raça em cada dividida.

Até exageraram na dose, pois no fim sobrou a sensação de ter restado pouco futebol para comentar.

Até porque não foi a bola que decidiu: a raça e a concentração deram a vitória para o time carioca.

O Botafogo fez um primeiro tempo ruim, acordou no segundo e acreditou até o fim.

Foi emblemático o lance em que o zagueiro André Luis deu um carrinho, tirou a bola para escanteio e vibrou como se fosse um gol: o seu time estava muito mais acordado em campo.

Não que o Corinthians devesse em raça e disposição para o Bota.

Mas o alvinegro paulista, em determinado momento, decidiu aceitar o placar de 1 a 1 e amarrar o jogo.

Porém, esqueceram: não é fácil cumprir este objetivo quando o adversário está com a faca entre os dentes.

E assim o Botafogo fez o gol da virada, que lhe dá a vantagem do empate no jogo de volta.

Agora em São Paulo, o Corinthians terá o apoio da sua torcida.

E então poderá entender: para chegar à final é preciso mais raça e, principalmente, mais futebol.

Já o Botafogo tentará manter os nervos no lugar para administrar a vantagem, mas, todos sabem, esta não é uma postura que o time consegue adotar com freqüencia.

E assim seguirá este duelo: nervoso, raçudo e decidido na raça ou no futebol.

Só me resta esperar que o panorama mude e agora a segunda opção prevaleça em campo.

A taça espera o imprevisível


Quem roubará a cena nesta quarta-feira na Liga dos Campeões?

É equilíbrio demais!!!

Em um jogo como este é praticamente impossível arriscar qualquer análise, previsão ou palpite.

Manchester United e Chelsea vão entrar no estádio de Moscou em completo nível de igualdade.

E aí só nos resta saber quem será o homem a causar a diferença.

De cara surgem dois nomes: Cristiano Ronaldo e Drogba.

Em grande fase, ambos são os mais cotados para desequilibrar um duelo tão igual.

O português sabe que, apesar da temporada espetacular, ainda precisa provar que pode ser decisivo.

Já o marfinense que provar para si mesmo que, apesar da chateação com a demissão de Mourinho, conseguiu dar a volta por cima e render até melhor que antes, de uma forma mais completa.

Mas é evidente que o jogo não se resume a isso.

Afinal estão aí Rooney, Tevez, Giggs, Lampard, Joe Cole, Ballack... e sobra qualidade para todos lados.

Existem também os coadjuvantes, que podem assumir o papel principal por um dia, como fez Beletti certa vez.

Já imaginaram o zagueiro Vidic acertando uma bela cabeçada e comemorando o gol da vitória?

E Malouda comemorando alucinadamente um gol decisivo?

Pois é, neste tipo de jogo marcante, costuma sobrar o imprevisível para todos os lados.

Nesse jogo marcante, o que não faltarão são personagens.

A história está esperando para saber quem vai protagonizá-la da melhor forma.

Em Moscou, tudo pode acontecer!!!

20.5.08

Valeu pelo mico, Ibra

Há exatamente uma semana atrás eu escrevi sobre o possível mico que a Inter podia pagar no Campeonato Italiano.

Para explicar o quase fracasso total das últimas rodadas, eu disse que faltava naquele time um craque, como eu defeni:

"Aquele jogador que cresce na hora da decisão. Aquele que vai chamar a responsabilidade para si, sem medo da pressão e vai decidir o jogo quando todos menos esperarem".

Então veio a manhã de domingo e o show de Ibrahimovic (foto).



A Inter teve seu craque: saído do banco de reservas (por se recuperar ainda de lesão), o atacante sueco entrou em campo exatamente para crescer na hora da decisão.

Fez os dois gols da vitória que deu o tricampeonato italiano à Inter.

Definitivamente um verdadeiro show.

De qualquer forma, ainda continuo com um pé atrás em relação a ele.

Ibrahimovic é ótimo jogador, mas às vezes parece displicente demais, distraído demais e até pipoqueiro demais.

Aposto com quem quiser que, na Eurocopa, pela Suécia, ele não fará nada demais, assim como foi na Copa do Mundo de 2006.

O que aconteceu é que por um domingo ele resolveu ser o craque.

E quem pagou o mico foi eu...

18.5.08

Boletim BR [nº 02]

É o espaço para o balanço geral de cada rodada do Brasileirão 2008, com comentários mais rápidos e diretos sobre a maioria dos jogos pelo Brasil, sempre divididos em algumas categorias

O ORGULHO PARA A TORCIDA

São Paulo - Na verdade é apenas o time do segundo tempo contra o Atlético/PR.

Depois de uma primeira etapa nervosa, o tricolor, cheio de jovens, provou que tem bons nomes para serem trabalhados para o futuro, como Aislan, Bruno, Cazumba e Rafael.

A PIADA PARA OS ADVERSÁRIOS

Goiás e Atlético - Fizeram um jogo apático, sem graça e com um 1 a 1 que não ajuda ninguém.

Mesmo com mudanças de técnico, ambos times seguem em má fase e sem perspectivas de melhoras.

TROFÉU VILÃO

Edinho - Ser expulso aos 17 minutos de jogo é imperdoável.

Nem todo o tempo parado por causa da hepatite justifica tamanha besteira, que foi decisiva para a vitória do Palmeiras contra o Inter.

TROFÉU HERÓI

Kleber Pereira (foto) - Tudo bem que foi contra o patético Ipatinga.

Mas com os 3 gols marcados, vale a menção: é um dos principais favoritos na futura briga pela artilharia do Brasileirão.


DETALHE TÁTICO

Grêmio e Celso Roth - Bloquear as laterais do Flamengo é algo essencial para enfrentar o time da Gávea.

Praticamente todos sabem disso, mas poucos fazem eficientemente.

O tricolor gaúcho conseguiu, mas a trave e o goleiro Bruno os pararam na hora de atacar; resultado: um injusto 0 a 0

DETALHE INEXPLICÁVEL

Sport e Vitória - Ambos disseram que ficaram felizes com o resultado de 0 a 0 em Recife.

Desde quando um dos dois times pode se dar ao luxo de perder pontos por aí e ainda sair "comemorando"?

ALARME

Fluminense e São Paulo - Considerados favoritos, possuem apenas 1 ponto em 2 jogos.

É claro que, por enquanto, tudo está dentro do previsto por causa do planejamento, que prioriza a Libertadores.

Mas como vai ficar depois de quarta-feira, quando um dos dois serão eliminados?

Estes pontos desperdiçados farão falta.

RECADO DADO

Palmeiras - A festa do Campeonato Paulista já passou, é preciso voltar à realidade.

O time alviverde ganhou hoje, mas voltou a apresentar velhos vacilos e quase ficou no empate com o Colorado, mesmo com um a mais em campo quase o tempo todo do jogo.

QUEM ESPERAVA POR ESSA?

Edmundo (foto) - É preciso aprender que não dá para duvidar do Animal.

Mesmo com todos seus defeitos, ele ainda tem mais técnica do que muita gente e pode decidir jogos para o Vasco, como fez contra a Portuguesa.



OLHO NO MOLEQUE


Rafael e Cazumba - Os dois laterais do São Paulo jogaram o segundo tempo avançados demais, é verdade, mas foram realmente bem no apoio.

Rafael entrou no lugar do atrapalhado Wellington e levou perigo até com bola na trave.

Cazumba é rápido e procurou o jogo com raça o tempo todo.

VALEU O INGRESSO

Golaço de Edmundo - A finalização foi tranqüila, mas muitos cabeças-de-bagre pelo Brasil afora perderiam.

Os passes de Wagner Diniz e Souza é que foram perfeitos e fizeram a beleza do gol.

16.5.08

Exijo mudanças

Dunga esqueceu uma das missões que recebeu assim que assumiu a seleção brasileira: promover uma renovação no time.

A escalação de hoje, para jogos importantes nas Eliminatórias, foi razoável, com coerência e um acerto fundamental: a presença de Adriano, totalmente justificada pelos gols e atuações do atacante do São Paulo.

Mas há uma coisa que me irrita profundamente ao analisar a lista de convocados do Brasil.

Ou melhor, são três coisas: são os nomes de Gilberto, Gilberto Silva e Mineiro, que se tornaram freqüentes com a amarelinha desde que Dunga é o nosso treinador.

Apesar das atuações lamentáveis com a camisa da seleção.

Apesar de serem dispensáveis nos seus clubes.

Eles continuam ocupando o espaço que poderia ser dado a jovens com potencial de verdade para estar na Copa de 2010.

Para não ficar apenas nas críticas, também dou sugestões: Adriano (Sevilla) na lateral, Renato (Sevilla) e Lucas (Liverpool) (foto) como volantes. E ainda tem Hernanes (São Paulo).

E não me venham com aquele papinho de que é preciso mesclar jogadores experientes com os garotos.

Só a dupla de zaga titular junta tem mais de 60 anos e pelo menos uma Copa do Mundo nas costas, além de Kaká, que é jovem, mas lhe sobra conhecimento sobre grandes campeonatos.

Além dos quase 30 anos de Josué, Luis Fabiano, Kléber, Julio Cesar...

Enfim, isso não é motivo.

O que falta mesmo é bom senso.

E também memória, afinal alguém precisa fazer Dunga lembrar daquela sua missão após a Copa do Mundo: é preciso promover uma renovação no time brasileiro.

15.5.08

Sorteado

O Corinthians conseguiu o ótimo privilégio de decidir em casa.

Essa vantagem conquistada hoje no sorteio é excelente, como já foi explicado neste blog, mas não faz com que o time paulista se torne favorito.

Isto porque o adversário do time paulista é o mais complicado: o Botafogo, ao meu ver, é o melhor dos quatro clubes semifinalistas.

Já o Sport terá que fazer o segundo jogo em São Januário.

Ou seja, terá que buscar o resultado logo de cara para não passar sustos e riscos demais depois.

No fim, os sorteios acabaram não definindo muita coisa e a Copa do Brasil vai pegar fogo.

No Rio de Janeiro, Em Recife ou em São Paulo, não importa: com menos técnica e mais raça por todos lados, vai sobrar equilíbrio!

Enxergue o placar, Renato


Não entendi a atitude e os gestos do técnico Renato Gaúcho nos minutos finais do jogo entre Fluminense e São Paulo pela Libertadores.

Ele pedia para seus jogadores terem calma, pois o resultado (1 a 0 para o tricolor paulista) estava bom e só era preciso amarrar o jogo até que viesse o apito final do árbitro.

Quanta confiança do técnico do Flu!

Ele acha mesmo que ir para o jogo de volta tendo que vencer a partida por 2 gols de diferença é uma situação aceitável?

O time de Muricy Ramalho está longe de ser bobo e não vai tremer fácil no Maracanã, como fez o tricolor carioca no Morumbi.

Afinal o jogo foi ótimo, como prometia mesmo.

Porém, ficou claro que o Fluminense ficou devendo futebol, especialmente algumas "estrelinhas", como Dodô e Thiago Neves (aliás, que papelão na hora de ser substituído justamente!)

O time de Renato precisará evoluir nos treinamentos durante a semana para conseguir o objetivo, que agora ficou ainda mais longe.

E ficou distante por causa da postura defensiva assumida, evidenciada desde a escalação, que deixou Conca no banco para manter 3 volantes em campo.

Agora o Fluminense terá que partir para o ataque e asumirá riscos graves.

E os sustos virão exatamente por causa de um resultado fora de casa que não poderia ter sido considerado bom.

Fica a esperança de que Renato Gaúcho esteja querendo enganar apenas a imprensa e não a si mesmo.

O seu time e ele próprio precisam entender que a missão ficou tão complexa que ele não enganará ninguém com esses discurso de "está tudo certo".